terça-feira, 18 de março de 2014

JOAN FONTAINE

Joan Fontaine era de origem inglesa, naturalizada norte-americana, mas nasceu no Japão, em Tóquio, no dia 22 de outubro de 1917, quando seus pais lá residiam. Ela é filha da também atriz Lilian Fontaine e irmã mais nova da atriz Olivia de Havilland.

Joan foia única atriz a ganhar um Oscar por uma atuação em um filme de Alfred Hítchcock, tendo atuado em dois deles: Rebeca a mulher inesquecível, que a transformou numa grande estrela depois de um início de carreira mal sucedido e marcado de insucessos e papéis inexpressivos, e "Suspeita", pelo qual ganhou o Oscar, embora tenha recebido uma indicação também pela sua atuação em Rebeca.


Joan ganhou o papel em Rebeca depois de passar por uma maratona de testes por mais de seis meses até finalmente ser escolhida para interpretar o papel e competindo com outras atrizes já consagradas nessa época, como por exemplo Vivien Leigh, a estrela de "E o vento levou".

Seu nome de batismo era Joan
de Beauvoir de Havilland, o sobrenome Fontaine que adotou como seu nome artístico pertencia a seu padastro, segundo marido de sua mãe.


Quando bebê, Joan sofreu de uma anemia, e, por indicação médica, a família mudou-se para os Estados Unidos. Eles estabeleceram-se na cidade de Saratoga, estado da Califórnia. A saúde de Joan melhorou logo depois que a família emigrou. O pai voltou passado algum tempo para o Japão, e o casamento foi dissolvendo-se aos poucos. Embora tivesse deixado a profissão de atriz para se dedicar a educação das crianças, mas retornando depois anos mais tarde, sua mãe ainda assim não deixou de valorizar as artes, pois sempre lia Shakespeare para as filhas, lhes ensinava dicção e impostação de voz.


Aos 15 anos, ela voltou ao Japão onde viveu com seu pai durante dois anos. Quando voltou aos Estado Unidos, seguiu os passos de sua irmã que já era uma atriz e começou a aparecer em filmes, mas a principio sua carreira não foi muito bem, Joan inclusive contracenou com Fred Astaire em seu primeiro filme para a RKO sem a parceria com Ginger Rogers, mas o filme foi um verdadeiro fracasso de crítica e bilheteria. Só depois de sua atuação em "Rebeca, uma mulher inesquecível" é que Joan receberia o reconhecimento e se tornaria uma estrela famosa. Esse filme foi também o primeiro que o diretor inglês Alfred Hitchcock produziu em Hollywood, marcando sua estréia no cinema americano. O filme recebeu críticas brilhantes e Joan foi muito elogiada por sua atuação, mas também acabou por marcar na atriz um estereótipo e a grande maioria de seus personagens no cinema
compunham-se de mulheres frágeis e inseguras, apaixonadas e cegamente abnegadas ao homem que amavam.
Mas nessa época os melhores papéis femininos eram quase sempre o da "donzela em apuros", e Joan se tornou uma das atrizes mais populares e continuou fazendo sucesso ao longo da década de 1940 destacando-se principalmente em filmes românticos.

Fora das telas, porém, esse não era o perfil de Joan, que foi uma mulher vibrante, cheia de energia e empreendedora. Nos anos 60 ela começou a investir em frutas cítricas, fazendas de gado, petróleo e imóveis. Se tornou presidente da Oakhurst Enterprises, uma Corporação da Califórnia formada para gerir suas diversas empresas.
Tirou brevê de piloto, foi campeã de balonismo, fez decoração de interiores como profissional, ganhou prêmio em torneio de pesca e ainda ganhou um título de Cordon Bleu em culinária.

Em meados dos anos 50, quando seu sucesso no cinema diminuiu um pouco, ela passou a dar mais vez ao teatro e também se voltou para a televisão, onde participou de inúmeros episódios de séries de sucesso. Nos anos 60 dedicou-se mais ao teatro, fazendo sucesso na Broadway com diversas peças, já na décadas de 1970 e 80, sua carreira voltou-se principalmente para a televisão.

Possui uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, localizada em 1645 Vine Street.

Joan Fontaine casou-se e divorciou-se 4 vezes. Primerio com Brian Aherne entre 1939 e 1945, ator britânico. Depois com  William Dozier entre 1946 e 1951), ator e produtor de televisão, com quem teve 1 filha: Deborah 'Debbie' Leslie Dozier, nascida em 1948.
Seu terceiro marido foi Collier Young, entre 1952 e 1961), produtor cinematográfico, ex-marido de Ida Lupino. Finalmente seu 4º e último marido foi Alfred Wright Jr., entre 1964 e 1969, editor de uma revista.

Fontaine também adotou uma garota peruana que havia fugido de casa, Martita.

Das duas irmãs, Olivia foi a primeira a se tornar atriz. Quando Joan tentou seguir a mesma profissão, sua mãe, que supostamente favoreceu Olivia, se recusou a deixá-la usar o nome da família. Assim Joan se viu obrigada a inventar um nome, tendo em primeiro Joan Burfield e, posteriormente, Joan Fontaine.

Conta-se também que as irmãs sempre tiveram uma relação difícil, começando na infância, quando Olivia teria rasgado uma roupa de Joan, forçando-a a costurá-la novamente. A rivalidade e o ressentimento entre as irmãs também alegadamente resulta da percepção de Joan em relação ao fato de Olivia ser a filha favorita de sua mãe.

Em 1975, aconteceria algo que faria com que elas deixassem de se falar definitivamente: segundo Joan, Olivia não a convidou para um serviço memorial em homenagem a sua mãe, que havia morrido recentemente. Mais tarde, Olivia afirmou que tentou comunicar a Joan, mas ela se encontrava muito ocupada para atendê-la.
Alega-se também que Joan teve um relacionamento distante com suas próprias filhas, talvez porque tenha descoberto que elas estavam mantendo um relacionamento secreto com a tia Olivia. Ambas as irmãs sempre se recusaram a comentar publicamente sobre a sua rivalidade e o relacionamento familiar, no entanto em 1978, em uma entrevista Fontaine disse: "Casei-me primeiro, ganhei um Oscar antes de Olivia e se eu morresse primeiro, sem dúvida ela ficaria lívida porque eu também teria ganhado dela nisso!

Joan Fontaine faleceu no domingo 15 de dezembro de 2013 aos 96 anos de idade, ironicamente a data em que E o vento levou ("Gone with the Wind", 1939), filme que imortalizou sua irmã, Olivia de Havilland, no cinema americano, completara 74 anos de estreia. Conforme informou Susan Pfeiffer, assistente da atriz, Fontaine faleceu de causas naturais, enquanto dormia. Segundo a amiga Noel Beutel, Joan faleceu "tranquilamente" em sua casa depois de algumas semanas em que sua saúde vinha se deteriorando.

Os principais trabalhos de Joan Fontaine foram:

Suplício de uma Alma,

A Mulher que não Pecou,

Carta de uma Desconhecida,

Ivy, a História de uma Mulher,

Jane Eyre,

De Amor Também Se Morre,

Suspeita,

Rebecca, A Mulher Inesquecível


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